Um detento da Penitenciária Federal de Porto Velho está entre os alvos da operação contra uma organização criminosa suspeita de usar o porto no Rio Grande do Sul para traficar cocaína para a Europa. A ação que desarticulou o esquema foi realizada Polícia Federal (PF), com o apoio da Receita Federal, nesta quinta-feira (30).
De acordo com uma fonte da Rede Amazônica, em Rondônia foi cumprido um mandado de prisão contra um homem que está interno na unidade prisional localizada na BR-364, sentido Acre.
O detento, junto com a cúpula de uma empresa criminoso, transportou 17 toneladas da droga usando a estrutura do maior porto do Rio Grande do Sul.
Além de Rondônia, os agentes da PF cumpriram mandados nesta quinta-feira em Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Assunção, no Paraguai.
Como o alvo da operação em Porto Velho já estava preso, os agentes informaram o cumprimento da ordem à Justiça,
Como o caso foi descoberto?
A investigação começou em março de 2021, a partir de informações recebidas pela PF de que 316 quilos de cocaína foram apreendidos na cidade de Hamburgo, na Alemanha, em dezembro de 2020, a partir do Porto de Rio Grande.
A investigação indicou que a droga era produzida na Bolívia e remetida para o Brasil por um fornecedor paraguaio. Ela ingressava no país por Ponta Porã (MS). Posteriormente, a cocaína era transportada em caminhões até o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, armazenada nas próprias empresas da organização criminosa ou em depósitos próximos aos portos de Rio Grande e Itajaí.
A droga era inserida em cargas regulares com a coordenação das empresas de logística, sem o conhecimento dos contratantes, que eram proprietários das cargas legalizadas (normalmente, de insumos que poderiam mascarar a droga durante controle alfandegário). Já na Europa, os compradores da droga furtavam parte da carga legalizada onde estava a cocaína. Dessa forma, ela era distribuída em diversos países da Europa.
A Receita Federal percebeu a incompatibilidade entre o volume de dinheiro recebido e o obtido pela atividade econômica de diversas empresas usadas pelo grupo criminoso. A suspeita era de lavagem de dinheiro.
Também constatou o uso de empresas de fachada e de laranjas para ocultar a origem de valores obtidos com a prática criminosa e de bens comprados por membros da organização criminosa. Além disso, se verificou a realização de operações de exportação incoerentes do ponto de vista comercial. A suspeita é de que o objetivo era encobrir o envio de carga ilegal para o exterior.
A Receita Federal percebeu a incompatibilidade entre o volume de dinheiro recebido e o obtido pela atividade econômica de diversas empresas usadas pelo grupo criminoso. A suspeita era de lavagem de dinheiro.
Também constatou o uso de empresas de fachada e de laranjas para ocultar a origem de valores obtidos com a prática criminosa e de bens comprados por membros da organização criminosa. Além disso, se verificou a realização de operações de exportação incoerentes do ponto de vista comercial. A suspeita é de que o objetivo era encobrir o envio de carga ilegal para o exterior.
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