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Operação da PF contra tráfico internacional apreende carros de luxo e 66 imóveis em Rondônia, MS, BA, SC e DF

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e o sequestro de 16 veículos e 66 imóveis pertencentes à organização criminosa.

22/11/2022 às 09h12 Atualizada em 22/11/2022 às 09h37
Por: Portal Guajará Fonte: Assessoria
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Divulgação
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (22), a terceira fase da Operação Pavo Real, em continuidade aos trabalhos investigativos para a descapitalização patrimonial de organização criminosa dedicada à prática do crime de tráfico internacional de drogas.

 Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e o sequestro de 16 veículos e 66 imóveis pertencentes à organização criminosa. As cautelares estão sendo cumpridas nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal, expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho. Carros de luxo foram apreendidos pela Polícia.

 

As investigações foram iniciadas em fevereiro de 2019 pela Polícia Federal a partir dos levantamentos realizados e constatação da existência de uma organização criminosa voltada para a ocultação do patrimônio obtido com o tráfico internacional de drogas, composta, em grande parte, pelos familiares do investigado preso no interior da Penitenciária de segurança máxima em Porto Velho.

Agentes federais apreenderam, na cela do interno, na penitenciária federal de Porto Velho, bilhetes redigidos de próprio punho contendo anotações de diversos imóveis identificados apenas por siglas e codinomes, tanto no Brasil, quanto no exterior. 

Com a liderança exercida pelo interno e seu filho, os investigados se associaram para a perpetuação e controle do tráfico internacional de drogas na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai.

Deflagração

Em junho de 2019, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação com o cumprimento de mandados de busca em imóveis de alto padrão na cidade de Porto Velho, alugados pelos familiares do interno, ocasião na qual ocorreu a apreensão de arma, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram o esquema de lavagem de capitais. 

A segunda fase da operação foi deflagrada em julho de 2020 com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Receita Federal, desmantelando financeiramente a organização criminosa dedicada à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores obtidos através do tráfico internacional de drogas, com a prisão de seus líderes e o sequestro dos bens adquiridos com dinheiro ilícito.

À época foram cumpridos 21 mandados de prisão e 5 mandados de prisão domiciliar em razão das investigadas possuírem filhos menores de 12 anos, além de 67 mandados de busca e apreensão.

A Justiça Federal determinou o sequestro específico de 17 veículos de luxo, avaliados em R$ 2.3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome, em uso pelos investigados e cerca de 50 imóveis, com valores que superam a quantia de R$ 50 milhões.

Mesmo sem a apreensão de qualquer substância entorpecente ao longo da investigação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas pela organização criminosa para a movimentação dos valores ilícitos.

Fruto da análise dos materiais obtidos na deflagração das fases anteriores, a Polícia Federal identificou novos envolvidos no esquema de ocultação do patrimônio, com a localização de imóveis e veículos pertencentes à organização.

Nesta nova fase das investigações, a partir da análise dos dados, foram identificados 58 veículos e 73 imóveis de luxo e elevado valor, avaliados em mais de R$ 80 milhões, sendo que parte desses bens já haviam sido vendidos a terceiros de boa-fé. 

O nome da operação faz referência à um dos investigados pelo qual é chamado o investigado, sendo mundialmente conhecido pelo seu envolvimento com o tráfico internacional de drogas e armas; tendo permanecido preso no Paraguai durante vários anos até ser expulso para o Brasil, em 2017, quando passou a cumprir sua pena em estabelecidos prisionais federais.

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