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NAUFRÁGIO: Barco hospital que atendia comunidades ribeirinhas naufraga no rio Mamoré em Guajará-Mirim

Apesar de não haver registro de feridos, os danos materiais e, sobretudo, sociais, são considerados profundos.

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: Portal Guajará
30/04/2025 às 09h06 Atualizada em 30/04/2025 às 10h49
NAUFRÁGIO: Barco hospital que atendia comunidades ribeirinhas naufraga no rio Mamoré em Guajará-Mirim
Foto: Divulgação

Na madrugada desta quarta-feira (30), o barco hospital Walter Bártolo afundou nas águas do rio Mamoré, em Guajará-Mirim (RO), deixando um rastro de preocupação entre as comunidades ribeirinhas da fronteira entre Brasil e Bolívia. Apesar de não haver registro de feridos, os danos materiais e, sobretudo, sociais, são considerados profundos.

Por volta das 2h40 da madrugada, um internauta chegou a registrar imagens dos primeiros sinais do naufrágio, publicando em uma rede social um vídeo que mostra utensílios da embarcação à deriva. Ele conseguiu resgatar duas boias com o nome da unidade hospitalar e relatou ter visto geladeiras, freezers e mantimentos sendo levados pela correnteza. Os objetos flutuavam rio abaixo, evidenciando a dimensão da perda.

A embarcação funcionava como uma Unidade de Saúde Social Fluvial e era referência no atendimento médico gratuito a populações isoladas ao longo dos rios Mamoré e Guaporé. Desde sua inauguração em 2016, o barco vinha sendo símbolo de esperança, cuidado e integração binacional, com atuação conjunta entre os governos brasileiro e boliviano.

 

O projeto foi idealizado durante a gestão do ex-governador de Rondônia, Confúcio Moura, e ganhou o apoio do governo boliviano, que colaborava com profissionais de saúde, insumos e combustível. Durante a cerimônia de lançamento, realizada com entusiasmo em agosto de 2016, autoridades dos dois países destacaram a importância da iniciativa como um gesto concreto de solidariedade entre os povos da fronteira.

 

Com estrutura moderna, o barco contava com ambulanchas para apoio logístico, internet a bordo e até suporte aéreo para remoções de emergência. A equipe médica era formada majoritariamente por profissionais de Guajará-Mirim, o que reforçava o vínculo com a população local.

 

A embarcação levava o nome de Walter Bártolo em homenagem a uma das figuras históricas da região, ao lado de Chico Oliveira e Salomão Melgar, personalidades lembradas pelo trabalho social prestado aos mais necessitados.

 

Fonte: Portal Guajará. 

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