HOMICÍDIO: Mulher alega legítima defesa após agressão do marido, que não resiste a ferimento em Guajará-Mirim-RO

Na madrugada deste domingo, 10, uma mulher identificada como Tamires Alves Ortiz, de 20 anos, moradora do bairro Jardim da Esmeralda, em Guajará-Mirim - RO, relatou a Polícia Militar ter agido em legítima defesa ao ferir seu marido, João Paulo Mendes Ferreira, de 29 anos, durante uma situação de violência doméstica. Segundo Tamires, João Paulo tentou enforcá-la com uma corda enquanto estava sob efeito de drogas e álcool, proferindo ameaças contra sua vida.

Vìtima João Paulo e a esposa, Tamires, acusada do homícidio

Tamires relatou aos policiais militares e conforme consta na ocorrência policial, que chegou a casa quando seu marido passou a dizer palavras de ameaças como "que pena que tua mãe não vai te ver mais", e que hoje eu iria morrer por depressão e dentro da casa ele pegou a corda e queria passar no seu pescoço, e ele dizia que ia matá-la, ao perceber que sua vida estava em risco, utilizou uma faca para se defender, atingindo João Paulo no braço e na região da axila, e saiu correndo após o golpe, fugiu para buscar socorro em uma residência vizinha. A guarnição da Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou João Paulo caído na área de serviço, em estado grave e com um corte profundo no braço. A presença de sangue no interior da casa indicava que ele havia se movido do quarto até o local encontrado após o ferimento.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar atendimento imediato e levou João Paulo ao Hospital Regional Perpétuo Socorro. Porém, devido à perda significativa de sangue, ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito antes de receber atendimento médico completo.

Em depoimento, Tamires afirmou ainda que já vinha sendo vítima de agressões e ameaças recorrentes, mencionando que João Paulo já havia sido detido anteriormente por violência doméstica. Durante a coleta de informações, a faca usada no incidente não foi localizada, apesar das buscas realizadas pelos policiais.

O caso foi registrado em um Boletim de Ocorrência como homicídio e ameaça, e as autoridades competentes foram notificadas. Após a confirmação do falecimento de João Paulo, a perícia foi acionada para realizar os procedimentos investigativos no local.