A suspeita foi levantada após os resultados da necrópsia, mas o autor nega a acusação. Delegado fala sobre feminicídio em Diamantino (MT).
O laudo de necrópsia de Lorrane Cristina Silva de Lima, de 23 anos, morta a facadas pelo ex-companheiro, em Diamantino, a 299 km de Cuiabá, aponta que ela pode ter sido abusada sexualmente após o crime, segundo o delegado responsável pelo caso, Marcos Bruzzi. À polícia, José Edson Douglas Galdino Santos, de 25 anos, preso nesta terça-feira (19), em Rurópolis (PA), confessou o feminicídio, mas negou que tenha abusado da vítima.
O delegado contou que, depois de matar Lorrane, o autor disse aos filhos da vítima que sairia para comprar remédio, mas que voltaria mais tarde, o que não aconteceu. As crianças, de 5 e 7 anos, ficaram trancadas na casa com o corpo da mãe por, pelo menos, dois dias.
"Já estamos na fase final do inquérito policial e o laudos de necrópsia e do local do crime já foram encaminhados, inclusive, sugere que ele [suspeito] pode ter tido relação sexual com ela após o crime. Ele confessou que, após o crime, tentou desbloquear o celular dela. Depois que resetou o aparelho, conseguiu ter acesso às mensagens que queria", disse.
A Polícia Civil comunicou ainda que, assim que o inquérito for concluído, o autor ficará à disposição da Justiça.
Relembre o caso
Na quarta-feira (13), Lorrane Cristina foi encontrada morta a facadas dentro de casa, junto com os filhos menores de idade, no Bairro Pedregal, em Diamantino.
A diretora do colégio que as crianças estudam, acionou a polícia depois de estranhar que os filhos da vítima faltaram às aulas por dois dias seguidos. Quando as equipes chegaram na casa, junto ao Conselho Tutelar, os filhos da vítima disseram que não tinham a chave do portão, que a mãe estava dormindo e que o padrasto teria ido comprar remédio.
O corpo da mulher foi encontrada em um quarto, já em estado de decomposição.