A Polícia Federal diz que as investigações continuam e que já existe considerável quantidade de envolvidos.
Mais uma enxadada. Mais minhocas arrancadas. Está assim em Rondônia: há semanas em que, quase todos os dias, há uma operação policial, seja da civil ou da Federal. Nesta semana, primeiro ocorreu ação da PF na área da saúde, com suspeitas de contrato ilegal e pagamentos irregulares para um laboratório, contratado desde o governo passado e que presta serviços ao Estado desde 2014, ou seja, há quase oito anos. Em menos de 24 horas depois, mais uma vez outra operação da Federal ocorreu no Estado, desta feita em Guajará Mirim.
O golpe envolvia servidores do Detran e despachantes, suspeitos de liberar documentos para que carros fossem registrados como se tivessem sido comprados na Área Livre de Comércio, em Guajará, recebendo descontos de tributos, que seriam vendidos em valores de mercado, em outras regiões.
A liberação ilegal do Gravame dos veículos só poderia ser feita com o envolvimento de servidores. Pelo menos três deles já foram afastados dos seus cargos e estão proibidos de comunicação entre si. A Polícia Federal diz que as investigações continuam e que já existe considerável quantidade de envolvidos.
Embora sem precisar mais detalhes, a PF informa que existem indícios de que grande número de veículos foram objeto da fraude, segundo se apurou até o presente momento. O esquema teria causado graves prejuízos aos cofres públicos, com a redução ilegal dos tributos.