Com o surto de casos na Bolívia, as Secretarias de Saúde de vários municípios de Rondônia intensificaram a vigilância contra a coqueluche, uma doença infecciosa e altamente transmissível.
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Ela tem como principal característica crises de tosse seca podendo atingir, também, tranqueia e brônquios.
Uma das formas para conter o avanço da doença encontrada pela Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena (RO), foi disponibilizar equipes para ir até empresas privadas para atualizar o caderno de vacinação dos funcionários que estão com os dados atrasados.
"A gente sabe que na nossa correria do dia a dia, em horário de trabalho, não nos sobra tempo. Essa é a maioria das queixas dos moradores, dos pacientes no geral, é a questão do tempo. Então a gente ta tentando levar a imunização até eles, até o local de trabalho, nas escolas, nas creches, nas associações", explicou Aline Aranha, Coordenadora do Setor de Imunização.
Em Rondônia um caso da doença foi registrado em 2023, no município de Vale do Anari. De acordo com o Ministério da Saúde, os quatro estados que fazem fronteira com a Bolívia, devem estar em alerta contra a doença.
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.
Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes. Isso é pouco frequente, porque é difícil o agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é impossível.
O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
Quais são os sintomas?
Os sintomas podem se manifestar em três níveis. No mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado.
Mal-estar geral;
Corrimento nasal;
Tosse seca;
Febre baixa.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 227 da doença no país, um aumento de 43,6% em relação a 2021, quando foram registrados 158 casos. O índice interrompeu uma sequência de queda nos casos anuais, que se mantinha desde 2015.