O Banco do Nordeste (BNB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram um termo que viabiliza a abertura de um edital de R$ 10 milhões para restauração da caatinga, por meio do programa Floresta Viva . A iniciativa conjunta é destinada a implementar projetos de restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros.
O ato foi anunciado nesta quarta-feira (26) durante o evento Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste, que ocorreu no Palácio do Planalto.
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, informou que cada instituição entrará com R$ 5 milhões para financiar os projetos.
“Vamos restaurar a mata branca, restaurar a caatinga, que é um dos biomas mais devastados, e precisa ser restaurada. Não tem a atenção que muitas vezes é dada à floresta amazônica. [Caatinga] Tem um potencial enorme de resgate de carbono, pode ser uma entrega muito importante. Então, de certa forma, BNB e BNDES estão inaugurando essa fase onde as instituições somam esforços e se dispõem a trabalhar juntos”, disse Tereza Campello.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comandou o debate sobre as oportunidades para alavancar o desenvolvimento econômico do Nordeste, sobretudo na economia e indústria verde.
A reunião teve a presença de outros ministros de Estado e autoridades, além dos governadores da região.
“O Nordeste é uma prioridade do governo federal, do governo do presidente Lula, e a melhor maneira de promover o desenvolvimento e ter boas políticas públicas é através da parceria entre os entes federados - o governo federal, os estados e os municípios. Muitas das questões cada estado tem a sua singularidade própria, tem as suas características, sua vocação, mas tem muitos temas que são temas regionais”, disse, na abertura do encontro Alckmin. “Então, essa abordagem regional e federativa, ela é extremamente importante”, acrescentou.
Alckmin destacou as potencialidades da região na questão ambiental e na transição energética. “O Nordeste é hoje o grande polo de desenvolvimento da energia solar, eólica, limpa, renovável, petróleo e gás, do agronegócio, do biodiesel, da neoindustrialização. Como é que a gente potencializa a indústria na região?”, questionou, levantando o debate.
Os ministros e governadores também discutiram sobre os problemas estruturais historicamente acumulados no Nordeste.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, voltou a anunciar o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), agora para o dia 11 de agosto. Segundo ele, o governo prepara uma apresentação aos governadores de todo o país para anunciar quais obras prioritárias sugeridas pelos estados serão contempladas no programa nesse primeiro momento.
Rui Costa adiantou que, no lançamento do novo PAC, o governo quer assinar um documento visando a realização de uma parceria público privada (PPP) para gestão do sistema hídrico da Transposição do Rio São Francisco, “que não pode ser interrompido por uma operação frágil e próximo ao amadorismo”.
O ministro defendeu ainda o fortalecimento do turismo na Região Nordeste, com o barateamento das passagens aéreas entre os estados da região, e o financiamento de obras de infraestrutura aos estados do consórcio pelo Banco do Nordeste (BNB).
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