Rondônia vive alguns paradoxos injustificáveis em sua história recente. Um deles diz respeito à economia. O crescimento econômico, que tem mantido o Produto Interno Bruto (PIB) em alta, não tem refletido satisfatoriamente na melhoria dos índices sociais: Rondônia é o segundo Estado que mais empobreceu no país nos últimos três anos, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A economia cresce, mas a população empobrece. Segundo a FGV, chegou a 31,65% da população rondoniense os que têm renda per capita de até R$ 497 mensais.
Na avaliação do senador Marcos Rogério, pré-candidato a governador pelo PL, uma das causas do aumento dos bolsões de pobreza em Rondônia é a falta de políticas que produzam integração regional, universalizando o crescimento econômico. Além disso, o senador explica que é preciso ter uma visão da economia voltada para a realidade de toda a população. “O Estado não pode agir como um mero espectador, alimentando-se dos tributos gerados pelos grandes setores econômicos. Precisa ter programas e políticas de incentivo aos pequenos produtores e aos agentes de transformação e de serviços que vivem nas comunidades locais”, analisa.
Na avaliação de Marcos Rogério, o governo atual limitou-se a arrecadar altas somas de impostos das empresas que tocam a economia do Estado, sem ter a visão da necessidade de programas que assegurassem interconexão econômica, entre as regiões e entre os setores da economia estadual. “Enquanto não corrigirmos essas distorções, veremos o PIB crescer e a população empobrecer. É preciso integrar as regiões com novas rotas econômicas, fomentar a economia nas pequenas localidades, como nos distritos, incentivar a transformação de mais matéria-prima e investir em formação profissional. Com isso, vamos abrir novos mercados, agregar valores aos produtos e gerar capacidade de maior retenção de renda pela população”, acentua.
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