A garantia da segurança da mulher rondoniense é uma obrigação do poder público e o direito a ser acolhida por instituições preparadas pra esta finalidade também. Para isso Ieda Chaves defende ações públicas continuadas para acolher de modo mais humanizado mulheres vítimas de violência para garantir a mudança da realidade no que diz respeito ao cumprimento da Lei Maria da Penha.
Mesmo com ocorrências diárias emais frequentes em horários noturnos e finais de semana, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Família (Deam) ainda não atende à demanda após às 18h nem aos fins de semana.
"Se é falta de estrutura, uma emenda parlamentar poderia destinar recursos para oferecer instalações adequadas para esse acolhimento. Se é um problema de escala de plantões, isso também pode ser resolvido para se chegar a um consenso. Precisamos ampliar os cuidados com as mulheres para que elas possam ter a segurança que necessitam para garantir seus espaços na sociedade", defende Ieda Chaves.
Casos de violência domésticas são recorrentes e crescentes em Rondônia. Um levantamento feito pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RO) demonstra que nos últimos três anos mais de 18 mil processos de violência doméstica foram julgados em todo o Estado. Casos mais graves, envolvendo feminicídio, totalizam 81 processos.
Os números foram divulgados na semana em que se comemora o dia da mulher (8 de março). "Se os casos são crescentes, a preocupação e as políticas públicas têm que acompanhar e evoluir para cuidados ainda mais eficazes, desde a recepção da denúncia até o acolhimento das vítimas", enfatizou Ieda.
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