O coordenador regional substituto em exercício da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Guajará-Mirim (RO), Mário Sérgio Freire de Melo, informou nesta quarta-feira (12) que presta apoio aos indígenas da região de Guajará-Mirim que foram atingidos pela cheia do rio Pacaás Novos.
Segundo Mário Sérgio, houve um repiquete, ou seja, uma subida repentina do nível do rio, mas que prontamente se estabiliza, o que traz o nível para a normalidade. O fenômeno é comum em períodos de cheia na região amazônica.
”Estamos articulando junto a Brasília uma solução para o ano todo, para ver se ajudamos eles lá. Hoje eles não estão mais na água, já baixou o nível, foi tipo um repiquete. Subiu rápido, baixou rápido”, explicou.
O coordenador da Funai também explicou que a situação tem se normalizado na região.
“O solo está molhado, mas não tem água na cintura de ninguém e não tem ninguém embaixo d’água”, afirmou.
Segundo a Funai, a ideia é fazer uma distribuição de roupas para os atingidos na região. A entrega deve ser feita em uma ação de 10 dias, a partir do próximo dia 20. Como a região é de difícil acesso, todos serão atendidos nesse período. Novas entregas de água potável também devem ser feitas e está sendo avaliada uma nova entrega de cestas básicas.
“Estamos vendo uma solução de longo prazo, para o ano. Eles perderam a roça, os animais, então eles não vão precisar de uma ação paliativa, mas de uma ação para o ano todo e nós estamos articulando junto à Brasília”.
O coordenador destacou ainda que parte das atividades são realizadas em parceria com organizações não-governamentais, como a Kanindé, além de órgãos do estado e do município.
Segundo informações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), cerca de 45 famílias foram atingidas na região de Guajará-Mirim.
Ainda segundo a Cedec, foram entregues 35 cestas básicas e 400 fardos de água da Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas). A entrega contou com apoio logístico da Prefeitura, Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia (CBMRO), Policia Militar do Estado de Rondônia (PMRO), Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da própria Funai, que já havia atendido os atingidos no primeiro momento.
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