A investigação que apura os episódios de vandalismo ocorridos em Brasília identificou possíveis financiadores em estados como Paraná, Pará e Rondônia.
A informação foi obtida pela CNN junto a autoridades policiais e são baseadas em depoimentos prestados pelos próprios bolsonaristas detidos após os eventos criminosos.
A investigação aponta que ônibus foram fretados, nas palavras dos próprios depoentes, por comerciantes e fazendeiros e que parcela dos detidos fez a viagem sem custos.
Em um dos depoimentos, por exemplo, que foi relatado à CNN, um dos detidos afirma que se deslocou de Guajará-Mirim a Brasília em um ônibus custeado por empresários de Rondônia.
A apuração ainda salienta que a compra de alimentos no acampamento bolsonarista em Brasília também contava com financiamento.
Em outro depoimento, também relatado à CNN, um dos detidos afirma que fazendeiros de Água Azul do Norte, no Pará, enviavam depósitos bancários para a compra de mantimentos.
Em relato semelhante, uma das detidas, que se deslocou à capital federal de Foz do Iguaçu, no Paraná, afirmou que não teve de pagar nenhum valor para a viagem e que lhe foi fornecida alimentação gratuita no acampamento bolsonarista.
A investigação também chegou ao caso de um vendedor de picolés na Bahia que afirmou ter recebido R$ 400 para se deslocar de Salvador para o acampamento no Distrito Federal.
Na última sexta-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações dos episodios criminosos em Brasília.
A investigação tenta descobrir quem são os autores intelectuais e instigadores do vandalismo.
Na ocasião, apoiadores do ex-presidente depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.