
Inaugurado com festa em 5 de julho de 2024, o Ginásio da Escola Marechal Cândido Rondon, localizado no distrito de mesmo nome, foi apresentado como um marco de conquista para alunos, professores e moradores da comunidade. O espaço, aguardado por anos e prometido por diferentes gestões, simbolizava dignidade e esperança.
Pouco tempo após a inauguração, porém, uma chuva torrencial acompanhada de vendaval arrancou parte significativa da cobertura do ginásio. Desde então, o local, projetado para atividades esportivas, culturais e de convivência, permanece inutilizado. O episódio ocorreu há mais de um ano e meio — período considerado suficiente para elaboração de projetos, realização de licitações, execução de reparos e entrega da obra. Nada disso avançou.

Com a estrutura comprometida, o ginásio alaga em dias de chuva e molha quando venta. O piso se deteriora, o risco aumenta e a frustração da comunidade cresce. Moradores relatam que, a cada novo temporal, a sensação é de reviver o mesmo problema, sem qualquer perspectiva de solução.
A Secretaria responsável não apresentou medidas concretas para o reparo, e a Prefeitura também não se manifestou. O silêncio administrativo tem sido interpretado como descaso, enquanto alunos, professores e famílias seguem prejudicados.
Recentemente, a escola tentou realizar uma cerimônia de formatura. A quadra do ginásio, planejada para receber eventos desse porte, seria o local ideal. No entanto, devido às condições da estrutura, a celebração precisou ocorrer em um pátio menor, improvisado e limitado, o que gerou frustração entre os envolvidos.
Para a comunidade, o problema vai além da estrutura física. Representa falhas de gestão, de prioridade e de respeito. Moradores questionam como uma obra pública recém-inaugurada pode permanecer mais tempo abandonada do que em uso.
Entre os questionamentos levantados estão:
Se o ginásio completará dois anos ainda com o telhado arrancado.
Se o poder público considera normal entregar uma obra e não garantir sua manutenção básica.
Se os alunos do distrito merecem menos atenção do que os de outras localidades.
Enquanto o telhado não é consertado, o problema permanece exposto, e, a cada chuva, não é apenas a quadra que alaga, mas também a paciência da comunidade.
Conforme vídeo registrado por servidores da Escola Marechal, a situação estrutural já atinge também a cozinha da unidade. Nas imagens, servidoras aparecem com rodos nas mãos tentando retirar a água da chuva que invade e alaga completamente o espaço, evidenciando que o problema se estende para além do ginásio.
Veja o vídeo: https://studio.youtube.com/video/WPkH9_Iawuc/edit