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Condenado por estuprar e matar criança é morto um dia após ser solto

A Polícia Civil tenta identificar os suspeitos e entender se a execução foi planejada.

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: Julio Chagass
11/12/2025 às 15h42
Condenado por estuprar e matar criança é morto um dia após ser solto
Foto: Reprodução
Um homem identificado como João Ferreira da Silva, condenado pelo homicídio e abuso do menino Bruno Aparecido dos Santos, de 9 anos, em 2005, foi assassinado a tiros na manhã desta quarta-feira (10/12) em Sinop (MT). O cirminoso havia deixado a Penitenciária Ferrugem nessa terça (9), onde cumpria pena de 42 anos pelo crime cometido há 20 anos, além de outra condenação de 10 anos por atentado violento ao pudor.
A execução ocorreu por volta das 6h50, na Avenida Colonizador Ênio Pipino, em frente a um hotel no bairro Santa Mônica. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas, mas o óbito foi confirmado no local.
João Ferreira da Silva, de 46 anos, foi morto a tiros — Foto: Reprodução
O assassinato foi gravado pelo sistema de monitoramento dos comércios do local. Imagens mostram ao menos dois suspeitos se movimentando. Um deles, usando moletom, máscara e boné, entra na recepção do hotel e sai instantes depois. Na sequência, João aparece no vídeo, deixando o interior do estabelecimento.
Equipes da Polícia Civil e da Politec foram acionadas para análise da cena do crime. Após os trabalhos periciais, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia e confirmação oficial da identidade.
Apesar da necessidade dos exames, a vítima da execução já foi reconhecida pelas autoridades.
João Ferreira da Silva estampou as manchetes da imprensa de Sinop após um dos crimes mais brutais registrados na cidade. Em outubro de 2005, ele atraiu o menino Bruno para uma casa em construção no bairro Nossa Senhora Aparecida. O garoto foi agredido, violentado e morto.
O corpo da criança foi encontrado sem roupas, com as mãos amarradas, enterrado em uma cova rasa de aproximadamente um metro. As roupas estavam cuidadosamente guardadas em uma sacola, ao lado do cadáver.
A investigação começou depois que João tentou violentar outro menino, de 12 anos, também em uma construção próxima. No local, policiais encontraram bolinhas de gude pertencentes a Bruno e pedaços de madeira com manchas de sangue. Após ser detido, João confessou o crime e levou os policiais até o corpo.
A revolta da população foi tão intensa que cerca de 500 pessoas tentaram invadir a delegacia para linchá-lo. Por isso, ele foi transferido para Cuiabá, onde chegou a fugir, mas foi recapturado horas depois em um terminal rodoviário.
Em 2008, João foi condenado a 42 anos de prisão pelo homicídio de Bruno. Em outro processo, recebeu mais 10 anos de pena por atentado violento ao pudor contra uma segunda criança.
Ele foi assassinado logo após ter deixado a Penitenciária Ferrugem. Segundo a Polícia Civil, a circunstância deve ser analisada pela investigação devido à possível motivação relacionada ao histórico criminal.
A Polícia Civil tenta identificar os suspeitos e entender se a execução foi planejada.
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