
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou na quinta-feira, 27 de novembro de 2025, uma grande operação contra uma organização criminosa. O grupo é suspeito de utilizar uma empresa de logística, sediada em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, para o tráfico de drogas. Um mandado judicial foi cumprido em Porto Velho, no estado de Rondônia.
A investigação aponta que a transportadora recrutava caminhoneiros para trazer entorpecentes de pelo menos sete estados do Brasil para o Rio Grande do Sul. O nome da empresa não foi divulgado pelas autoridades policiais.
Até a última atualização, 45 pessoas foram presas, incluindo o dono da transportadora e o filho dele, que já estava em cumprimento de pena por outro crime. As autoridades apreenderam cerca de R$ 100 mil em espécie, armas de fogo e drogas. A investigação, que durou um ano, também descobriu a venda de laudos toxicológicos falsos para os caminhoneiros envolvidos no esquema.
No total, foram cumpridas 153 ordens judiciais, incluindo 53 prisões preventivas e 54 bloqueios de contas bancárias. O valor total bloqueado chega a R$ 39.373.542,86. Foram sequestrados ativos, como imóveis e oito veículos de luxo, incluindo da marca Porsche, totalizando R$ 1,5 milhão.
Os delegados Adriano Nonnenmacher e Rafael Liedtke, responsáveis pelo caso, afirmaram que a organização criminosa era responsável por grande parte da distribuição de maconha no Rio Grande do Sul. Mais de cinco toneladas do entorpecente foram apreendidas ao longo da investigação.
As buscas e mandados de prisão ocorreram em 15 municípios, abrangendo os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Rondônia (na capital Porto Velho).
Os delegados mencionaram a existência de um “consórcio”, indicando uma parceria entre criminosos de diferentes organizações para financiar o esquema de tráfico e dissimular recursos ilícitos. Para ocultar a origem do dinheiro, eram comprados veículos de luxo, imóveis e empresas de fachada.
O líder do esquema, seus gerentes e laranjas, além de assaltantes a banco e homicidas, estavam entre os alvos de prisão preventiva. A Polícia Civil chamou a atenção para o recrutamento de indivíduos com antecedentes graves para evitar a detecção pelos órgãos fiscalizadores.