A Polícia Federal, através de seu Núcleo Regional de Repressão aos Crimes Cibernéticos – NRCC de Rondônia, deflagrou na manhã desta sexta-feira (09/12/2022), a Operação Predator, para combater os crimes de estupro de vulnerável, bem como os de produção, aquisição e armazenamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil.
A investigação foi iniciada em novembro deste ano, a partir de informações de uma organização não governamental estrangeira, que reportou indícios do crime de armazenamento de conteúdo pornográfico infantojuvenil. Essas informações foram recebidas pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (SERCOPI) da Polícia Federal, em Brasília, que encaminhou o caso para a Superintendência da Policia Federal em Rondônia, alertando sobre possível produção de pornografia infantil e abuso sexual de menores.
As informações recebidas pela Polícia Federal de Rondônia foram tratadas com a máxima prioridade, e indicavam que os crimes estavam sendo praticados, pelo menos, desde 2021, com grande quantidade de conteúdo ilícito adquirido e armazenado em que predominantemente crianças do sexo feminino eram violentadas e abusadas sexualmente.
A Polícia Federal, utilizando-se de técnicas especiais de polícia judiciária, conseguiu identificar o responsável pelas condutas criminosas como sendo um homem adulto residente em Vilhena/RO, e que alguns dos arquivos identificados tinham sido produzidos pelo próprio investigado, que abusava de uma criança de menos de um ano de idade.
Os Mandados de Prisão Temporária e de Busca e Apreensão foram exarados pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Vilhena/RO foram cumpridos na residência do investigado, por policiais federais da Delegacia da Polícia Federal em Vilhena, em atuação conjunta ao NRCC da capital rondoniense.
O suspeito foi encaminhado ao presídio local, onde ficará à disposição da Justiça e responderá por estupro de vulnerável previsto no Código Penal, e pelos crimes de produção, aquisição e armazenamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, cujas penas somadas podem chegar a 27 anos de reclusão.
Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão periciados pelo Setor Técnico-Científico da Polícia Federal – SETEC e analisados pelo NRCC/RO, podendo ainda revelar outros crimes praticados pelo investigado.
Predator, nome dado à operação, é uma palavra da língua inglesa que significa “Predador”, em referência ao termo “predador sexual” que muitas vezes é utilizado para descrever um criminoso sexual.