
Convocado nas redes sociais pelo prefeito de Nova Mamoré, Marcélio Brasileiro atual referência do PL na região o evento denominado “Rota 22”, aconteceu na quinta-feira, 26 de setembro, mas não conseguiu empolgar.
Foto: Redes Sociais do Partido Liberal 22 - Rondônia
Reunindo pouco mais de 30 pessoas, a iniciativa que buscava firmar bases do partido e reafirmar a liderança do senador Marcos Rogério acabou revelando fragilidade e desunião dentro da própria direita no município.
O senador, que ainda não definiu seu destino político em Rondônia, parece ter limitado sua atuação a uma defesa exclusiva de Jair Bolsonaro em Brasília. Essa postura, embora firme no campo ideológico, tem custado caro em termos de presença e articulação no estado. O reflexo disso é o visível enfraquecimento da direita, tanto em Rondônia como em Nova Mamoré.
Outro ponto que chamou atenção foi a ausência de figuras-chave do município: empresários, produtores rurais e lideranças do agro, setores historicamente alinhados à direita. Sem a presença desses pilares, o encontro acabou se resumindo a uma apresentação de slides para alguns servidores comissionados da prefeitura.
Marcélio Brasileiro, por sua vez, é um nome de peso na política local. Reeleito com mais de 9 mil votos, consolidou-se como gestor eficiente e liderança incontornável. Contudo, ainda não alcançou reconhecimento pleno dentro do espectro da direita partidária o que demonstra que sua força eleitoral se sustenta mais na capacidade de entrega e administração do que em siglas ou ideologias.
Diante desse cenário, fica a pergunta: qual será o destino da direita em Nova Mamoré?
O fracasso da “Rota 22” não significa o fim de um movimento, mas escancara a necessidade de reflexão e reorganização.
Se não houver renovação de estratégias, diálogo com a sociedade e maior coesão entre suas lideranças, a direita corre o risco de perder cada vez mais espaço no município.