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Conheça os tipos de violência contra a mulher e denuncie agressores

Denúncias devem ser feitas pelo 190 da Polícia Militar, Ouvidoria do Ministério Público e pelo número 180

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: Prefeitura de Porto Velho - RO
20/08/2025 às 08h33
Conheça os tipos de violência contra a mulher e denuncie agressores
Foto: Reprodução/Prefeitura de Porto Velho - RO

Com foco na proteção das vítimas e na conscientização de toda a sociedade sobre o combate a qualquer tipo de violência contra a mulher, a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres (CPPM), realiza diversas ações alusivas à campanha Agosto Lilás.

Além de informar ao público feminino os seus direitos e os tipos de violência, que muitas vezes são camufladas por gestos ou palavras aparentemente inofensivas, o objetivo da gestão municipal é mobilizar todos os públicos para uma consciência coletiva voltada ao enfrentamento, mas especialmente à prevenção. Há também o chamado para que os agressores sejam denunciados imediatamente.

“É crucial reconhecer que a violência se manifesta de diversas formas, não se limitando apenas à agressão física. As mulheres devem buscar apoio em suas redes, evitando o isolamento e a dependência exclusiva de seus parceiros, para identificar os sinais de violência. Diante de qualquer indício, a denúncia é imprescindível”, enfatizou a titular do CPPM, Anne Cleyanne Alves.

É crucial reconhecer que a violência se manifesta de diversas formas, enfatizou a Anne Cleyanne Alves
É crucial reconhecer que a violência se manifesta de diversas formas, enfatizou a Anne Cleyanne Alves
Ela disse ainda que as ações de combate à violência contra a mulher realizadas pela Prefeitura de Porto Velho acontecem de forma virtual e presencial, com a participação de diversas secretarias. O município, na gestão do prefeito Léo Moraes, demonstra forte comprometimento nessa causa e coloca à disposição das vítimas vários serviços e suporte através da rede de proteção.

Cleyanne também enfatizou a importância da Lei Maria da Penha, que completa 19 anos neste mês de agosto. Para ela, trata-se de um marco na proteção das mulheres, pois em constante aprimoramento, a Lei tem promovido avanços significativos. Por isso, entende que o engajamento da sociedade civil e dos órgãos públicos é fundamental para fortalecer essa proteção às mulheres.

TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Muitas vezes a violência é camuflada por gestos ou palavras aparentemente inofensivas
Muitas vezes a violência é camuflada por gestos ou palavras aparentemente inofensivas
Violência Física:Agressões diretas ao corpo - espancamentos, empurrões, socos, chutes, sufocamento, queimaduras e uso de armas, entre outras. Geralmente visíveis, deixam marcas físicas e podem evoluir para danos mais graves ou até feminicídio.

Violência Psicológica:São atos que causam dano emocional, diminuição da autoestima e controle sobre comportamentos e decisões da mulher. Acontece por meio de ameaças, humilhações, isolamento, manipulação, chantagem, vigilância e xingamentos, entre outros. Podem se manifestar de formas sutis e menos perceptíveis, mas são profundamente danosas.

Violência Sexual:É qualquer ato sexual sem o consentimento da mulher - estupro, coerção, imposição, indução ao aborto, casamento forçado, prostituição ou impedir o uso de contraceptivos. Ela frequentemente é refratada por tabu ou medo, mas constitui grave violação.

Violência Patrimonial:Controle financeiro ou destruição de bens - retenção de dinheiro, destruição de documentos, instrumentos de trabalho, bens pessoais, não pagamento de pensão, furto, extorsão ou estelionato. O objetivo é reduzir a autonomia econômica da mulher, tornando-a dependente do agressor.

Diante de qualquer indício, a denúncia é imprescindível
Diante de qualquer indício, a denúncia é imprescindível
Violência Moral:Ataques à honra e reputação, como por exemplos os casos de calúnia, difamação, injúria, exposição da vida íntima, acusações falsas, xingamentos e desqualificação diante de outras pessoas.

Violência Simbólica e Institucional:Violência simbólica é quando acontece o reforço de estereótipos e valores que normalizam a desigualdade e subordinam a mulher, sem necessariamente agredi-la diretamente. Violência institucional são as falhas ou negligências de instituições públicas ou privadas em garantir direitos, responder a denúncias ou proteger a mulher de maneira adequada.

Violência política de gênero:É quando ocorre o impedimento do acesso ou exercício de direitos políticos por parte da mulher, coerção ou exclusão nesse espaço.

Coerção Reprodutiva:Ela se constitui pelo uso do controle sobre a saúde e reprodução da mulher, como gravidez indesejada, casamento forçado com objetivo reprodutivo, impedir interrupção ou uso de contraceptivos.

ESCALAS DE NÍVEIS DE RISCO

Lei Maria da Penha completa 19 anos neste mês de agosto
Lei Maria da Penha completa 19 anos neste mês de agosto
No início -“brincadeiras”, ciúmes exagerados, mentiras e chantagens e sinais sutis de violência psicológica.

Nível intermediário -destruição de bens pessoais (violência patrimonial) e agressões físicas indicam aumento do risco.

Nível grave -presença de violência sexual e risco real de feminicídio.

Em qualquer sinal de violência, é importante rever sua segurança e no menor risco de agressão, denunciar imediatamente”, alerta Cleyanne.

CANAIS PARA DENÚNCIAS

Para denúncias, os canais disponíveis são o 190 da Polícia Militar, a Ouvidoria do Ministério Público e o 180. “Caso necessário, investigações serão conduzidas para garantir a segurança e o bem-estar das mulheres”, afirmou.

Outro ponto de ajuda é o Plantão Social do Centro de Referência e Assistência Social (Creas), órgão ligado à Secretaria Municipal de Inclusão e Assistência Social (Semias). Ele funciona 24 horas e fica localizado na rua Geraldo Ferreira, nº 2166, bairro Agenor Martins de Carvalho. O telefone para contato é o (69) 98473-5966.

Texto:Augusto Soares
Foto:Leandro Morais/ José Carlos

Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

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