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MP de Rondônia e MT deflagram Operação Cruciatus contra grupo acusado de tortura, extorsão e roubos

As investigações apuram um esquema de empréstimos ilegais e cobrança com extrema violência

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: Portal Guajará
25/07/2025 às 13h56 Atualizada em 25/07/2025 às 14h09
MP de Rondônia e MT deflagram Operação Cruciatus contra grupo acusado de tortura, extorsão e roubos
Foto: Divulgação

O Ministério Público de Rondônia (MPRO), com o apoio do Ministério Público do Mato Grosso (MPMT), deflagrou nesta sexta-feira (25) a Operação Cruciatus, desdobramento da Operação Soldados da Usura, que investiga um violento esquema de empréstimos ilegais, tortura, extorsão e roubo.

As diligências apuram a atuação de uma organização criminosa estruturada, acusada de empregar extrema violência física e psicológica contra vítimas para obtenção de confissões, cobranças de dívidas e repressão a conflitos comerciais e trabalhistas.

De acordo com o MPMT, um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão foram cumpridos em Mato Grosso. Em Rondônia, seis mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão foram expedidos nas cidades de Porto Velho e Cuiabá, com apoio das Polícias Civil e Militar e do Gaeco-MPMT (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Esquema de terror: tortura e ameaças contra famílias

Durante a investigação, foram apreendidos aparelhos telefônicos com registros em áudio e vídeo que confirmam a prática de crimes como tortura, extorsão, ameaças, coação de vítimas e intimidação de testemunhas.

Em um dos casos mais chocantes, uma vítima foi obrigada a assinar um recibo sob ameaça de morte de seu filho, de apenas três anos de idade. O grupo operava com divisão de tarefas bem estabelecida, utilizando táticas de violência física e psicológica para cobrar dívidas e impor represálias.

Participação de policial militar

Segundo o MPRO, as diligências revelaram ainda a participação de um policial militar no esquema criminoso. O agente teria atuado monitorando outras vítimas com o objetivo de aplicar os mesmos métodos de coação, tendo sua ação interrompida apenas após a deflagração da primeira fase da operação, em fevereiro, quando um dos principais articuladores foi preso preventivamente.

A Operação Cruciatus representa mais um passo na repressão ao crime organizado na região Norte e Centro-Oeste, e evidencia a atuação coordenada entre os Ministérios Públicos e forças policiais dos dois estados.

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