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Fiscalização do TCE constata ausência de profissionais de saúde e fragilidades na estrutura do hospital municipal de Guajará-Mirim

Os principais problemas foram a ausência de médicos, enfermeiros e técnicos escalados para o plantão, além de carência de materiais básicos para atendimento.

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: TCE-RO
07/06/2025 às 15h13
Fiscalização do TCE constata ausência de profissionais de saúde e fragilidades na estrutura do hospital municipal de Guajará-Mirim
Foto: Divulgação

Uma fiscalização técnica realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), nesta última quinta-feira (5/6), ao Pronto-Socorro Perpétuo Socorro, em Guajará-Mirim, identificou pontos positivos na gestão da unidade, mas também fragilidades que afetam diretamente a assistência à população.

 

Os principais problemas foram a ausência de médicos, enfermeiros e técnicos escalados para o plantão, além de carência de materiais básicos para atendimento.

 

O objetivo do TCE é induzir a melhora no atendimento aos pacientes e nas condições de trabalho dos profissionais de saúde.

 

No momento da visita do Tribunal de Contas, não havia médico cirurgião, nem responsável pelos exames de imagem. A equipe de auditoria do TCE também verificou que profissionais da enfermagem escalados para o centro cirúrgico e para a Central de Material Esterilizado não estavam presentes.

 

A gestão do hospital reconheceu as dificuldades e solicitou ao TCE que sejam feitas fiscalizações também no período noturno, momento em que as ausências são mais frequentes, segundo a direção. A equipe técnica do Tribunal ouviu as explicações da administração e registrou as demandas para análise.

 

CENTRO CIRÚRGICO INATIVO

Foi constatado ainda que a unidade municipal depende de outro hospital para exames de imagem, como ultrassonografias, e a sala destinada à instalação de um novo aparelho permanece desativada, aguardando climatização e colchões.

O centro cirúrgico foi reformado, mas está inativo, há cerca de dois meses por falta de insumos. A direção do hospital informou que há processo licitatório em andamento para resolver a situação.

 

MELHORIAS NA ESTRUTURA FÍSICA

Durante a fiscalização, foi possível constatar que a unidade hospitalar passou por melhorias na infraestrutura.

Graças à atuação do Tribunal de Contas, a gestão retirou entulhos

Corredores foram pintados, jardins internos foram implantados e ambientes como laboratório, sala de raio-x e farmácia foram organizados.

Estrutura que não existia, mas depois da atuação do Tribunal foi implementada
Graças à atuação do TCE, as dependências internas do hospital foram reformadas

A pediatria foi transferida para uma ala separada e climatizada.

TCE atuou e a ala pediátrica ficou mais humanizada

E o controle de medicamentos foi classificado como eficiente.

 

ACOMPANHAMENTO CONTÍNUO

O TCE-RO seguirá acompanhando a situação do hospital e cobrando medidas que garantam a continuidade e a qualidade dos serviços prestados à população.

As dependências externas do hospital receberam melhorias depois da atuação do Tribunal de Contas

O relatório da visita técnica será compartilhado com os gestores do município, com determinações específicas para solução dos problemas identificados.

Atuação do TCE provocou a limpeza e recuperação das pias do pronto-socorro

A ação integra o conjunto de fiscalizações desenvolvidas pelo Tribunal de Contas em unidades hospitalares da capital e do interior do Estado, como forma de contribuir no aperfeiçoamento da gestão pública.

 

PROCESSOS DE RESPONSABILIZAÇÃO

O Tribunal de Contas ressalta que as fiscalizações buscam identificar falhas e propor soluções imediatas com notificações aos gestores públicos responsáveis.

Nos casos de não cumprimento e adoção de medidas efetivas para solucionar os problemas encontrados, no prazo e na forma fixados nas notificações, são formuladas representações ao Tribunal para instauração de processos de responsabilização, assegurado o devido processo legal, com direito ao contraditório e à ampla defesa.

O Tribunal de Contas pode imputar as sanções devidas quando da apuração dos fatos representados restarem caracterizadas as responsabilidades, por ação ou omissão, dos gestores responsáveis.

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