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Palestra especial para universitários encerra atividades do evento “É do Boto, seu Doutor?”

Objetivo foi reforçar o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na capital de Rondônia

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: Prefeitura de Porto Velho - RO
02/06/2025 às 11h04
Palestra especial para universitários encerra atividades do evento “É do Boto, seu Doutor?”
Foto: Reprodução/Prefeitura de Porto Velho - RO

Várias atividades como rodas de conversa, palestras, orientações e farta distribuição de materiais explicativos, entre outras, marcaram o encerramento do evento intitulado “É do Boto, seu Doutor?”, realizada no Porto Velho Shopping. Uma palestra especial para universitários marcou o encerramento das atividades.

Alusivo à campanha Maio Laranja e realizado pela Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (CPPM), a ação da Prefeitura teve como objetivo reforçar o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na capital rondoniense.

“Foi uma maneira que nós tivemos, como Coordenadoria, de nos comunicarmos com a sociedade e de estarmos mais próximos dela. Uma maneira de falar sobre o que precisa ser falado, mas de um jeito onde a gente também possa acolher as pessoas e oferecer informação, mas também oferecer escuta. E foi isso que aconteceu durante toda esta semana em parceria com o Porto Velho Shopping”, disse a titular da CPPM, Anne Cleyanne.

Essa amostra denominada “É do Boto, seu Doutor?” também teve o objetivo de desmistificar o uso de argumentos folclóricos para a prática de abusos contra crianças, adolescentes e até mulheres. Serviu ainda para aguçar a curiosidade das pessoas, gerando perguntas por parte dos visitantes e, consequentemente, respostas.

Atividades aconteceram durante toda a semana
Atividades aconteceram durante toda a semana
As atividades aconteceram durante toda a semana, desde a segunda-feira, 26 de maio, quando iniciou o evento. Além do público em geral, também ocorreram visitas de diversos grupos de estudantes, que participaram de bate-papo, palestras e rodas de conversa voltadas à garantia de direitos das crianças e adolescentes, especialmente sobre as mais diversas formas de abusos e exploração sexual.

Ainda como forma de facilitar e ampliar o diálogo com as pessoas, especialmente para que as meninas saibam quando seu corpo está sendo tocado de alguma maneira que não deve, a Prefeitura utilizou a metodologia dos totens informativos. Cada totem com uma história sobre a lenda do boto, que foi usada para mascarar e tornar silenciosa as denúncias de abuso sexual.

“Mas também nós tivemos o totem sobre a cultura, sobre como muitas vezes é associada à cultura aos comportamentos abusivos, e que nós não podemos mais aceitar enquanto sociedade”, enfatizou Anne Cleyanne, que fez questão de agradecer a todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente, especialmente os parceiros.

Atividades aconteceram durante toda a semana
Atividades aconteceram durante toda a semana
O evento encerrou na noite de sexta-feira (30) com uma palestra especial e exclusiva para um grupo de acadêmicos do curso de Direito. Eles participaram de uma roda de conversa sobre a lenda do boto e receberam muitas informações quanto a necessidade de proteger crianças e adolescentes dos abusadores, além de denunciá-los.

DENÚNCIAS

As ações no espaço do Porto Velho Shopping foram tão importantes e impactantes que resultaram em denúncias de abusos sexuais. “Pessoas que chegaram aqui e após ouvir a roda de conversa, tiveram coragem de falar sobre sua condição. E isso é muito importante, porque é esse o objetivo. Nossa sociedade precisa ser um lugar mais seguro para todas as pessoas. Essa é a missão da Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres”, destacou a titular da pasta.

A LENDA DO BOTO

Conta-se que nas regiões ribeirinhas da Amazônia, um belo e misterioso homem aparece nas festas, seduz e engravida as moças, depois desaparece. Dizem que é um boto-cor-de-rosa encantado, que assume forma humana, e em seguida volta ao rio, onde, transforma-se novamente em boto.

A história, na verdade, serve para camuflar gestações inesperadas e, em muitos casos, encobrir abusos sexuais, deixando os abusadores impunes. As crianças que nascem nessas circunstâncias são chamadas ironicamente de “filhos do boto”.

Texto:Augusto Soares
Foto:Semasf

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

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