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Município de RO, é condenado por erro em parto que deixou bebê com sequelas permanentes

Decisão reconheceu negligência médica e falhas na estrutura do Hospital Regional. Além da indenização, município deve pagar pensão vitalícia e custear tratamento integral.

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: g1 RO
31/05/2025 às 09h49
Município de RO, é condenado por erro em parto que deixou bebê com sequelas permanentes
Foto: Ilustrativa

O município de Vilhena (RO) foi condenado a pagar $ 200 mil a uma criança que sofreu sequelas por conta de problemas no atendimento durante o parto, em 2022. O julgamento foi realizado nesta semana pela comarca de Cerejeiras (RO), cidade onde a família mora.

Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), a mãe da criança tinha uma gestação de alto risco e não foi submetida a uma cesariana. Isso causou sofrimento fetal e lesões irreversíveis na recém-nascida, que ficou com sequelas permanentes.

A mãe entrou com uma ação contra o município alegando falha no atendimento médico. Entre os problemas apontados estão a ausência de obstetra no plantão e a liberação indevida da gestante, mesmo já estando em trabalho de parto. A Justiça concluiu que houve negligência médica e problemas na estrutura do Hospital Regional de Vilhena.

Em defesa, o município alegou que a realização de parto normal não configura erro. No entanto, um laudo pericial confirmou as falhas no procedimento, que resultaram em uma lesão neurológica grave e permanente na criança.

Além da indenização por danos morais, a Justiça determinou que o município pague pensão vitalícia de um salário mínimo mensal, com reajuste anual, e arque com todos os custos do tratamento fisioterapêutico, ortopédico e psicológico da criança, enquanto for necessário.

A decisão também prevê o envio de ofícios ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e ao Conselho Regional de Medicina (Cremero) para apuração da conduta do médico plantonista e investigação das falhas apontadas pela perícia. O município ainda pode recorrer.

Ao g1, a Prefeitura de Vilhena informou que o caso ocorreu em 2022 e que, desde 2023, o município passou a contar com mais estrutura na área da saúde, incluindo a inauguração de uma maternidade e um centro de parto. De acordo com a gestão, desde então, não houve registro de situações semelhantes.

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