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Aluna relata como foi expulsa de aula por não pagar atividade: 'Quem não tiver, está convidado a dar um passeio'

Estudantes de escola pública em Porto Velho denunciaram nas redes sociais que foram retirados da sala por não terem R$ 3,50 para custear exercício. Segundo relatos, as cobranças acontecem há anos.

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: g1 RO
27/05/2025 às 10h52
Aluna relata como foi expulsa de aula por não pagar atividade: 'Quem não tiver, está convidado a dar um passeio'
Foto: Ilustrativa

Uma das estudantes expulsas da sala de aula por não ter dinheiro para pagar uma atividade relatou ao g1 como tudo ocorreu: ela diz que ainda tentou comprar o exercício, mas o professor não aceitou. O caso ocorreu na Escola Estadual de Ensino Médio João Bento da Costa, em Porto Velho. Alunos denunciaram que foram eetirados da sala por não terem R$ 3,50 para custear uma atividade.

"Estávamos dentro da sala de aula, aguardando o início da próxima aula, quando o professor chegou. Ele entrou na sala com uma folha [atividade] na mão e disse: 'Quem não tiver essa folha aqui, está convidado a dar um passeio'", relembra.

 

Segundo a estudante, ela e alguns colegas tentaram comprar a atividade naquele momento, mas não conseguiram. Sem opção, os alunos saíram da sala e parte deles procuraram a diretoria para relatar o caso.

 

"Assim que o sino tocou, subimos novamente. Ao retornar para a nossa sala, vimos o professor entrando em outra turma repetindo a mesma atitude com os outros alunos", conta a estudante.

 

Outros alunos da instituição também relataram que as cobranças por atividades acontecem há anos, desde as séries iniciais do ensino médio. A impressão de avaliações e exercícios diários costuma ser cobrada pelos professores, sob a justificativa de cobrir os custos com papel e manutenção das impressoras.

 

Os simulados escolares, provas que simulam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também precisam ser pagos. De acordo com os alunos, os valores variam conforme a série, chegando a R$ 15 para as turmas do 3º ano.

 

Na última semana, a Seduc havia informado que iria enviar uma equipe técnica especializada até a instituição para investigar o caso. O g1 procurou novamente a secretaria para saber se os profissionais foram identificados e se alguma medida foi tomada, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

 

De acordo com a aluna entrevistada, livros novos foram entregues na escola e a copiadora onde eram compradas as atividades foi fechada.

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