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TSE tira Evo Morales de disputa eleitoral por entender que partido do qual se filiou não tem reconhecimento jurídico

Outro impedimento à sua pretensão política decorre de um escândalo sexual envolvendo menores, do qual o Tribunal de Justiça da Bolívia ordenou a prisão dele. Morales tem descumprindo ordens judiciais que o intimam a prestar declarações acerca do caso e por isso tem estado recluso na região do Chapare.

Portal Guajará
Por: Portal Guajará Fonte: Por Emerso Barbosa | News Rondônia
20/05/2025 às 17h13
TSE tira Evo Morales de disputa eleitoral por entender que partido do qual se filiou não tem reconhecimento jurídico
Foto: Divulgação

O sonho de um quarto mandato de Evo Morales está cada vez mais distante. Envolvido em um escândalo sexual, Morales — que se tornou o primeiro presidente indígena da etnia aimará a presidir o país, cuja população é composta por cerca de 62% de indígenas — recebeu, nesta terça-feira (20), a notícia de que não poderá concorrer ao pleito eleitoral boliviano previsto para 17 de agosto.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) explicou que o impedimento se deve ao fato de que o partido ao qual Morales está filiado, o Pan-Bol – Partido de Ação Nacional Boliviano –, não possui reconhecimento jurídico. Além disso, segundo o órgão, nas eleições de 2020, a sigla não alcançou os 3% dos votos exigidos.

TSE tira Evo Morales de disputa eleitoral por entender que partido do qual se filiou não tem reconhecimento jurídico - News Rondônia

Evo Morales, de 66 anos, deixou o Movimento ao Socialismo (MAS) — hoje liderado pelo atual presidente Luis Arce — após disputas internas e por enxergar Arce como um rival em seu intento de retornar à presidência do país. Outro obstáculo que ronda sua candidatura neste ano diz respeito à quantidade de vezes em que já exerceu o cargo de presidente: um total de três mandatos. O Tribunal Supremo Eleitoral boliviano passou a limitar reeleições, sejam estas contínuas ou alternadas — o que se aplicaria ao caso de Evo, que governou a Bolívia de 2006 a 2019. Ele chegou a ser eleito para um quarto mandato, mas acabou renunciando sob pressão, após a oposição alegar indícios de fraude no processo eleitoral.

Em sua página oficial no Instagram, Morales publicou, na manhã de hoje, uma nota em que confirma sua intenção de manter a candidatura, apesar de o TSE já ter confirmado o cancelamento de seu registro. Outro impedimento à sua pretensão política decorre do escândalo sexual envolvendo menores, que motivou a ordem de prisão por parte da Justiça boliviana. Por conta disso, Evo tem se limitado a circular pela região do Chapare, em Cochabamba.

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