Durante décadas, ela cortou os trilhos da floresta, transportando sonhos, trabalhadores e histórias. A Locomotiva 18, um dos mais emblemáticos símbolos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) está prestes a ganhar uma nova chance de movimento. A Prefeitura de Porto Velho realiza estudos técnicos para restaurar a máquina, que está há mais de 15 anos parada.
A iniciativa marca mais que um projeto de recuperação mecânica, é um resgate de identidade, um gesto de respeito à memória da cidade e à bravura de gerações que ajudaram a construir Porto Velho entre trilhos, suor e coragem.
“A meta é essa: fazer a máquina apitar novamente. E num futuro, quem sabe, vê-la andar outra vez. É um sonho meu e de todos que amam Porto Velho”, afirmou o prefeito Léo Moraes, emocionado, durante visita ao pátio ferroviário da EFMM.
Construída no início do século XX, a Locomotiva 18 fez parte de um dos capítulos mais desafiadores da engenharia mundial: a construção da estrada de ferro que uniu civilizações, atravessou a selva e levou o nome de Porto Velho para o mapa do Brasil e do mundo. Hoje, ela repousa como testemunha silenciosa de uma história que merece ser contada e vivida novamente.
Em janeiro deste ano, a Prefeitura reativou a Litorina, veículo ferroviário leve que voltou a circular após anos parada. Agora, o desafio é maior: trazer de volta o som do apito da locomotiva, símbolo de uma cidade que cresce sem esquecer de onde veio.
O trabalho de restauração, ainda em fase de estudos, será conduzido por uma equipe especializada. “Isso é mais do que saudosismo. É cultura, é turismo, é pertencimento. É Porto Velho olhando para trás com respeito e para frente com orgulho. A Locomotiva 18 faz parte do que somos, e agora, pode fazer parte também do que vamos ser”, completou o prefeito.
Reacender a Locomotiva 18 é reacender memórias. E colocar a cidade nos trilhos de um futuro que valoriza o passado como fundamento de novas conquistas.
Texto:Leandro Morais
Foto:Leandro Morais
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)