Uma câmera de segurança de um posto de combustíveis desativado registrou, no litoral do Paraná, o momento em que uma jovem foi violentada sexualmente. As imagens, que também captaram os gritos de socorro da vítima, mostram o momento em que ela é arrastada para o banheiro por Nathan de Siqueira Menezes, um pedreiro de Paranaguá (PR). Durante o ataque, a jovem gritou “não” pelo menos 11 vezes, pedindo para que o agressor a deixasse ir embora. O caso foi exposto pelo Fantastico, neste domingo (30).
O crime ocorreu no dia 23 de fevereiro. A vítima e Nathan se conheceram em uma casa de shows, onde trocaram beijos. Mais tarde, a jovem pediu um carro de aplicativo para ir embora, mas antes de seguir para o local, pediu para voltar ao estabelecimento para usar o banheiro. Nathan se ofereceu para acompanhá-la até o banheiro de um posto de gasolina, sem informar que o local estava desativado.
A câmera de segurança registrou o momento em que ele arrasta a vítima para o banheiro, e os gritos da jovem, repetindo “não” várias vezes, puderam ser ouvidos no áudio da gravação.
Preocupado com a demora, o motorista do aplicativo tentou ligar várias vezes para a vítima, mas sem sucesso. A jovem relatou que, ao tentar pegar o celular para ligar para alguém, Nathan a impediu, ficando com o seu celular na mão. Foi nesse momento que a vítima encontrou uma brecha para fugir do local.
A jovem, ainda em estado de choque, procurou a delegacia de Paranaguá para registrar o boletim de ocorrência. Cinco dias após o crime, Nathan foi ouvido pela polícia e, no início, negou ter forçado a jovem, alegando que ela estava apenas “fazendo charme”. No entanto, ele não sabia das imagens com áudio, que se tornaram provas cruciais para a investigação.
Segundo a delegada Maluhá Soares, a polícia também apreendeu o celular de Nathan, no qual ele teria gravado a violência sexual. Contudo, a filmagem foi apagada e, atualmente, o celular está em poder da polícia científica, que tenta recuperar o arquivo.
A polícia pediu a prisão preventiva de Nathan dois dias após o crime, mas o juiz negou o pedido e determinou o uso de tornozeleira eletrônica. Quando a vítima deu entrevista ao Fantástico, Nathan ainda estava solto. “Tenho medo que ele possa fazer outras vítimas também, não só comigo”, afirmou a jovem, expressando o temor por novas agressões.
Finalmente, no dia 17 de março, a prisão preventiva foi expedida, e Nathan se entregou à polícia dez dias depois. Ele está agora preso e será julgado pelos crimes de estupro e registro não autorizado da intimidade sexual. Se condenado, Nathan poderá pegar até 11 anos de prisão.
A defesa de Nathan não se pronunciou sobre o caso, pois ele tramita em segredo de justiça. O Tribunal de Justiça do Paraná também se absteve de comentar a situação.
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
IMAGENS E INFORMAÇÕES DO FANTÁSTICO/TV GLOBO