Em 28 de junho de 2019, a Força Especial de Luta contra o Narcotráfico (FELCN) da Bolívia, extraditou para o Brasil, Anilson Ricardo Nerys, que entregue à Polícia Federal do Brasil, na ponte que limita a fronteira entre Corumbá e o país andino. Anilson foi preso na cidade de Santa Cruz de la Sierra e era foragido da Justiça brasileira.
O brasileiro, condenado por diversos crimes, como homicídio e tráfico de drogas, se escondia na Bolívia com documentos falsos. De volta ao País, ele foi encaminhado para o sistema penitenciário.
Em 31 de agosto do mesmo ano, acompanhado de Milcíades Ramon Merlo Trinidad, de 26 anos, Anilson Ricardo Nerys, fugiu do Estabelecimento Penal de Corumbá. Eles estouraram cadeados da cela e usaram escadas para pular o muro. A escada usada foi deixada “misteriosamente” na parte dos fundos da unidade que faz divisa com o Estabelecimento Penal Feminino.
Do outro lado, já na rua, outra escada também foi encontrada e teria sido colocada para facilitar a fuga.
O parceiro de Anilson, Milcíades, voltou para a Bolívia e foi morto a tiros, teve o corpo levado, sem roupas, para uma praça pública, onde foi “exibido” e depois incendiado. Junto ao corpo, antes de ser queimado, estava um documento de identidade brasileira, com o nome de Marcelo da Silva de Oliveira, uma das identidades falsas (do Brasil e do Paraguai) que ele usava. Ele foi reconhecido por tatuagens.
Tudo indica que ele foi morto por familiares de suas vítimas. Ele foi acusado de ter matado quatro pessoas, peões de uma fazenda, para roubar maquinários e dinheiro. Os corpos foram achados enterrados em covas, por produtores que preparavam a terra para o plantio, próximo a uma propriedade em que o crime aconteceu.
Já Anilson conseguiu forjar uma certidão de óbito no Pará, e com isso seus processos e mandados haviam sido arquivados. Ele mudou-se para Porto Velho onde passou a ter uma vida normal. Comprou imóveis, e sua esposa, Liamar Maria Aparecida Nerys, residente no Estado de Goiás, que também possui registro criminal pela prática dos crimes de receptação, tráfico de drogas e associação para o tráfico, se apresentava como empresária, com a aquisição e reforma de um salão de festas, além da compra de veículo de elevado valor, registrado junto ao DETRAN/RO.
Ainda foi possível verificar que a esposa do investigado vinha, de forma constante, até Porto Velho/RO, juntamente com os filhos do casal.
Anilson foi preso na manhã desta quinta-feira, na Operação Ressureição, que ‘desenterrou’ o morto.
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