Na manhã da última quinta-feira (30), funcionários e colaboradores do Hospital Bom Pastor (Pró-Saúde), do município de Guajará-Mirim-RO, participaram de uma reunião com o prefeito Netinho (PP) para cobrar uma suposta dívida financeira deixada pela gestão da ex-prefeita Mari Granemann. O valor apresentado ultrapassa R$ 1,5 milhão, referente aos repasses que deixaram de ser pago desde dezembro de 2023.
O encontro contou também com a presença do vereador Augustinho Figueiredo (MDB) e o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Everaldo Rodrigues que comentaram sobre a situação.
Segundo informações divulgas no site O Mamoré, durante a reunião, Everaldo Rodrigues criticou a administração anterior, que além de não pagar o Pró-Saúde, abriu um novo hospital sem a devida estrutura.
"Saíram do Bom Pastor e abriram um hospital para funcionar sem condições, sem medicação, sem mão de obra. Não podemos deixar nossa população desassistida," afirmou Rodrigues, destacando a precariedade do sistema de saúde quando interromperam no final do ano o convênio com o Bom Pastor
O vereador Augustinho Figueiredo reforçou a indignação, classificando a dívida como um “presente de grego” para o novo prefeito. Ele pediu que a situação dos funcionários fosse tratada com urgência.
"Peço que o prefeito tenha compaixão dos funcionários e ajude a pagar a dívida. Além disso, peço que o prefeito reveja a possibilidade de reativar alguns serviços do Bom Pastor, que sempre foram essenciais para nossa cidade."
O prefeito afirmou que a nova gestão recebeu algumas notas fiscais e que a Procuradoria Geral do Município está verificando a legalidade do pagamento. Ele se comprometeu a buscar soluções para quitar a dívida herdada, reconhecendo a importância do Pró-Saúde para a população.
O outro lado
Nesta sexta-feira (31), a reportagem do site Portal Guajará entrou em contato com a ex-gestora Mari Granemann para comentar o caso. Ela nos informou que "um relatório está sendo preparado para ser divulgado na mídia e que quem falou besteira terá que responder judicialmente". No entanto, nossa equipe tentou novamente contato com ela na manhã deste sábado (01/02) para ter acesso ao relatório, mas não obteve resposta.
Fontes disseram ao Portal Guajará que há uma "quebra de braço" para que o prefeito Netinho retorne o contrato entre o município e o Hospital Bom Pastor (Pró-Saúde), que, no mês de dezembro de 2024, não foi renovado pela administração municipal devido à finalização das obras do Hospital e Maternidade Municipal de Guajará-Mirim-RO, que custaram mais de 3 milhões de reais.
Veja o ofício que foi encaminhado na época sobre a suspensão do contrato.
O caso repercutiu nas redes sociais e levantou alguns questionamentos: “Se temos um hospital e uma maternidade que custaram milhões de reais, por que o município tem que pagar ou manter atendimentos nesse hospital", relatou uma internauta. Já uma moradora questionou "Se ao inves de gastar tanto dinheiro com esses atendimentos nesse hospital, porque a prefeitura não arruma logo o que está faltando e resolve logo essa situção para não ficar dependendo uma vida toda desse hospital".
Fonte: Portal Guajará