No próximo dia 28 de agosto, começam os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, e Rondônia terá três atletas do paradesporto representando o estado na capital francesa. O evento internacional, que vai até o dia 8 de setembro, reunirá os melhores esportistas com deficiência do mundo. Todos os atletas rondonienses são beneficiados pelo programa Bolsa Atleta, concedido pelo Ministério do Esporte.
Esta edição dos Jogos contará com a maior quantidade de atletas brasileiros em competições internacionais: 280 no total, dos quais 274 fazem parte do programa Bolsa Atleta, ou seja, 97,86% dos convocados. Entre os bolsistas, mais de 63% são beneficiados com a mais alta categoria do programa, a Bolsa Atleta Pódio. Somente no ano de 2023, o valor investido nos atletas das modalidades paralímpicas, referente aos editais de dezembro de 2022 (Bolsa Pódio) e janeiro de 2023 (Bolsa Atleta), foi de mais de R$ 57 milhões.
Os irmãos Kesley Josué e Ketyla Paula Teodoro, ambos do atletismo, serão os representantes de Rondônia na modalidade. Nascidos no município de Rolim de Moura e portadores de uma doença genética que afeta a retina, os dois iniciaram no esporte ainda na escola, durante as Paralimpíadas Escolares.
Com trajetórias vitoriosas, Ketyla, 29 anos, conquistou a medalha de bronze nos 400 metros dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 e, recentemente, o bronze nos 400 metros no Mundial de Kobe 2024. Kesley, 31 anos, ficou em quarto lugar nos 100 metros nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em sua primeira paralimpíada. Ambos competem na classe T12 e são beneficiários do programa do governo federal na categoria Bolsa Atleta Pódio, a mais alta do incentivo.
Também beneficiado pelo programa do Ministério do Esporte, na categoria Atleta Pódio, o esportista de alto rendimento Mateus Evangelista Cardoso, 30 anos, compete no atletismo na modalidade de salto em distância na classe T37 (pesquisar significado). Natural de Porto Velho, Mateus possui dez medalhas em competições internacionais, entre elas, o bronze no Mundial de Kobe 2024 e nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; prata no Mundial de Dubai 2019 e nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, onde também foi ouro nos 100m e prata nos 200m.
Ao todo, 4.400 atletas irão competir em 22 modalidades esportivas durante os 11 dias de Jogos. Nas Paralimpíadas, participam atletas com deficiências motoras, amputados, cegos, além de pessoas que sofreram paralisia cerebral ou possuem alguma deficiência intelectual. A competição é considerada o terceiro maior evento esportivo do mundo em termos de venda de ingressos, ficando atrás somente dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo da FIFA.
Bolsa Atleta
Um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas no mundo, o Bolsa Atleta, desde sua criação em 2005 até junho de 2024, já investiu R$ 1,77 bilhão em seus beneficiários. Desde o início do programa, 37.595 atletas já foram beneficiados, e 105 mil bolsas foram concedidas.
O programa garante condições mínimas para que os atletas de alto desempenho – que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade – possam se dedicar, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e às competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.
O Bolsa Pódio, categoria mais alta do programa, começou a ser paga a partir de 2013. Essa categoria prevê repasses de até R$ 16.629,00 mensais e é voltada para atletas com mais chances de conquistar medalhas nos grandes eventos internacionais, posicionados entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades.