Na noite da última quarta-feira, 03, a Câmara de Vereadores de Ji-Paraná (RO) decidiu arquivar o processo de cassação contra o prefeito Isaú Fonseca. O pedido, protocolado pelo sargento Jean César em 1º de abril de 2024, alegava nepotismo, relacionamento íntimo e improbidade administrativa.
Dos 17 vereadores presentes, 10 votaram a favor da cassação e sete contra, insuficiente para alcançar os 12 votos necessários para a aprovação do processo, equivalente a dois terços do total.
O processo, motivado pela nomeação da então namorada do prefeito para o cargo de Assessora de Procurador na Procuradoria Geral do Município em 2023, foi analisado por uma comissão composta pelos vereadores Beto Wosniach, Westerley Cardoso e Wanderson Araújo.
Durante a sessão, marcada por intensos debates e manifestações, o plenário ficou lotado com a presença de apoiadores do prefeito, que exibiam cartazes e manifestações de apoio. Em alguns momentos, o presidente da Câmara, vereador Marcelo Lemos, precisou intervir para manter a ordem.
O relatório final da comissão, lido pelo vereador Westerley Cardoso, concluiu pela procedência da acusação, mas a posição não foi acompanhada pelo presidente da comissão. Os advogados de defesa e o prefeito tiveram duas horas para argumentar contra as acusações.
Isaú Fonseca defendeu-se alegando perseguição política e destacou projetos realizados durante sua gestão, como o Centro de Diagnóstico por Imagem, a Unidade de Pronto Atendimento, o Samu e as obras de pavimentação do programa "poeira zero".
Após os argumentos finais, iniciou-se a votação que resultou no arquivamento do processo de cassação.
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